RECITAL de CRAVO – 4 Março / 19.30h

RECITAL de CRAVO – 4 Março / 19.30h

Recital de Cravo por Fernando Miguel Jalôto

 4 de Março | 6ª feira | 19.30h 

 

 

No âmbito da parceria estabelecida com o grupo de especializado na interpretação de música antiga Ludovice Ensemble, o Museu Medeiros e Almeida tem o prazer de anunciar o recital de cravo pelo cravista Fernando Miguel Jalôto, que se realizará no próximo dia 4 de Março, 6ª feira, pelas 19.30h, na sala do Lago.

 

** Entrada livre / Rua Mouzinho da Silveira, nº6 **

Uso de máscara obrigatório

 

Suites Francesas: Dança para a Música do Tempo 

Obras para cravo de Johann Sebastian Bach (1685-1750), Jean-Henri D’Anglebert (1629-1691), François Couperin (1668-1733) e Louis-Nicolas Clérambault (1676-1749).

As «Suites Francesas» de J. S. Bach contam-se entre as suas obras mais sedutoras e acessíveis. Compostas para a sua mulher Anna Magdalena, combinam grande delicadeza e refinamento com uma indispensável mestria do estilo francês, então a principal referência do «bom gosto». Obras incontornáveis na pedagogia dos instrumentos históricos de teclado, infelizmente são hoje raramente ouvidas em concerto. Neste íntimo programa, duas destas suites são combinadas com obras de D’Anglebert e Couperin, os grandes cravistas francesas admirados por Bach, que copiou as suas obras e preceitos interpretativos, bem como de Clérambault, um dos compositores mais populares em Paris no início de Setecentos.  

 

                                                                                                                  Cravo – cópia de Klinkhamer & Partners (Amesterdão, 2009) do cravo de Christian Vater, 1738 (Museu Nacional Germânico, Nuremberga)

 

PROGRAMA:

Jean-Henri D’Anglebert (1629-1691) | Jean-Baptiste Lully (1632-1687)

Ouverture de Cadmus (Cadmus et Hermione, 1673) (ca.3’00”)

(Pièces de Clavecin, Paris, 1689)

 

François Couperin (1668-1733)

Second Prélude (ca.1’00”)

(L’Art de toucher le clavecin, Paris, 1716/17)

 

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Première Suite pour le Clavecin [«Suite Francesa» n.º 1] BWV 812 (ca.17’00”)

(Cöthen, ca.1720-22)

Allemande

Courante

Sarabande

Menuet I & Menuet II [en rondeau]

Gigue

 

Louis-Nicolas Clérambault (1676-1749)

[Seconde] Suite en C. sol ut b. mol (ca.14’00”)

Prélude: fort tendrement

Allemande: lentement

Courante

Sarabande Grave

Gigue: vite

(Première Livre de Pièces de Clavecin, Paris, 1704)

 

François Couperin (1668-1733)

Troisième Prélude (ca.1’30”)

(L’Art de toucher le clavecin, Paris, 1716/17)

 

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Cinquième Suite pour le Clavecin [«Suite Francesa» n.º 5] BWV 816 (ca.20’00”)

(Leipzig, 1725)

Allemande

Corrente

Sarabande

Gavotte

Bourrée

Loure

Gigue

 

Jean-Henri D’Anglebert (1629-1691) | Jean-Baptiste Lully (1632-1687)

Chaconne de Phaëton (Phaëton, 1683) (ca.3’30”)

(Pièces de Clavecin, Paris, 1689)

 

Duração total: 60 minutos sem intervalo

 

BIOGRAFIA

Fernando Miguel Jalôto completou os diplomas de Bachelor of Music e de Master of Music em Cravo no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia (Países Baixos), na classe de Jacques Ogg. Frequentou master-classes com Gustav Leonhardt, Olivier Baumont, Ilton Wjuniski e Laurence Cummings. Estudou também órgão barroco e clavicórdio, enquanto bolseiro do Centro Nacional de Cultura. É Mestre em Música pela Universidade de Aveiro e presentemente é doutorando em Ciências Musicais | Musicologia Histórica na Universidade Nova de Lisboa, sendo bolseiro FCT. É fundador e director artístico do Ludovice Ensemble, um dos mais activos e prestigiados grupos nacionais de Música Antiga, e membro do REMA (Réseaux Européen pour la Musique Ancienne). É também o director artístico da Academia Ludovice, um inovador curso de verão dedicado às artes performativas barrocas (música, teatro e dança). Colabora com grupos especializados internacionais tais como Oltremontano, La Galanía, Vox Luminis, La Colombina, Capilla Flamenca e Collegium Musicum Madrid. Em Portugal é membro do Ensemble Bonne Corde e da Orquestra Barroca Real Câmara.

 

Apresentou-se em vários festivais e inúmeros concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, Irlanda, Noruega, Alemanha, Áustria, Polónia, Estónia, Bulgária, Israel, China e Japão. Toca frequentemente com a Orquestra e Coro Gulbenkian (Lisboa) e apresentou- se com a Lyra Baroque Orchestra (Minnesota), a Real Escolania de San Lourenço d’El Escorial, a Orquestra da Radiotelevisão Norueguesa, a Camerata Academica Salzburg, a Orquestra de Câmara da Sinfónica da Galiza, a Real Filarmonia da Galiza, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Coro e Orquestra Sinfónica Casa da Música, entre outros. Foi membro e solista da Orquestra Barroca Casa da Música, da Académie Baroque Européenne de Ambronay (França), da Academia MUSICA de Neerpelt (Bélgica) e da orquestra barroca Divino Sospiro. Trabalhou sob a direcção de alguns dos maiores maestros especializados, como Koopman, Onofri, McCreesh, Christophers, Rousset, Alessandrini, Nicquet, Parrott, e Pluhar, entre muitos outros. Gravou para a Ramée/Outhere (cantatas francesas com o Ludovice Ensemble), Brilliant Classics (suites para cravo solo de Dieupart), Dynamic (concerto para cravo em sol menor de Carlos Seixas), Harmonia Mundi (com Andreas Staier), Veterum Musica, Glossa Music, Parati, Anima & Corpo e Conditura Records, bem como para as rádios portuguesa, alemã e checa, e os canais televisivos Mezzo, Arte e RTP.

 

Destacam-se, recentemente, um recital a solo dedicado à obra do napolitano Giovanni Salvatore no prestigioso Festival Oude Muziek de Utrecht (2019), um recital de Seixas e Scarlatti evocativo de Maria Bárbara de Bragança no Palácio Real de Santo Ildefonso a convite do Património Nacional de Espanha (2021) e um recital e conferência sobre Froberger e Louis Couperin a convite do Conservatório Superior de Música de Badajoz (2022). Como maestro al cembalo dirigiu grandes obras do repertório barroco, como as Vésperas de Monteverdi, várias missas e cantatas de J. S. Bach, oratórias de A. Scarlatti, óperas de J.-B. Lully, M.-A. Charpentier e Th.-L. Bourgeois, motetos de J.-Ph. Rameau, ou árias de Almeida e Avondano, em salas como a Fundação Gulbenkian, o CCB, e nos festivais de Bruges, Utrecht e La Chaise Dieu. Como investigador integra o centro de investigação INET-md, sendo publicado pela Universidade de Oxford e pela Sociedade Portuguesa de Musicologia. Colabora regularmente com o serviço educativo da Casa da Música (notas de programa, cursos livres de História da Música, concertos comentados) como em actividades de divulgação (conferências, palestras, visitas) da Gulbenkian, CCB e Serralves.

 

Em 2022 dirigirá: Les Indes Galantes de Rameau na BenslowMusic em Inglaterra; a estreia moderna em Espanha da Missa Regalis do compositor catalão Francesc Valls, num ciclo de 3 concertos no Festival de Música Antiga dos Pirenéus; obras de Bach e Charpentier no ciclo 7 Colinas/7 Cantatas, com o Ensemble 258; e a integral dos concertos para órgão e orquestra de Michel Corrette no Festival Internacional de Órgão de Mafra. Apresenta um recital de órgão solo junto com o famoso grupo inglês Tallis Scholars em Elvas; um recital com obras de Marin Marais no Zamus de Colónia (Alemanha) com Sofia Diniz e Huw Daniel; e 3 recitais em Israel. Igualmente a Israel regressará com o Ludovice Ensemble, ao Festival Felicja Blumental, com o programa «Fados: a journey to the soul of Portugal». Ainda em 2022 o Ludovice Ensemble tem agendada uma tournée de quatro concertos em Espanha (incluindo a prestigiante Quincena Musical de San Sébastian) com o seu novo programa «Á l’espagnole», encomendado e estreado em Outubro passado no Festival de Música Antiga de Aranjuez, bem como a Oferenda Musical de Bach no Festival de Marvão, e um ciclo de Leçons de Ténébres de Charpentier na igreja do Menino Deus em Lisboa.

 

 

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